O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, não vai conseguir nem mesmo o apoio do ministro da Fazenda Fernando Haddad para continuar no controle da estatal. Haddad deu de ombros para a situação de fritura pública.
Prates está sendo detratado pelos ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia. A queda era esperada até a sexta-feira (05/04), depois que o mercado fechasse, às 18h, mas o presidente Lula (PT) pretende ter uma conversa decisiva com o ainda presidente da Petrobras. A reunião, no entanto, ainda não tem data para acontecer.
O ministro da Fazenda vê com apreensão a disputa pela Petrobras. Haddad aguarda a liberação de pagamentos de dividendos ao governo. O valor pode ultrapassar os R$ 12 bilhões.
A saída de Prates pode estar diretamente ligada a essa solução fora do Orçamento. O valor é apenas 20% do que a União tem de direito, como acionista majoritária da Petrobras.
A entrada de Aloizio Mercadante, atual presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), é dada como certa no Palácio do Planalto. No mercado, acionistas temem que o governo interfira ainda mais na empresa com a indicação.