Sabe por que demorou mais de 6 horas, ontem, o novo depoimento prestado à Polícia Federal pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem do ex-presidente Bolsonaro?
Porque no celular apreendido de Cid foram achados indícios de que militares da ativa financiaram atos antidemocráticos e uma tentativa de um golpe após as eleições do ano passado.
Foi também por isso que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu Cid de se comunicar com Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Na análise parcial dos dados armazenados no celular de Cid, descobriu-se mensagens em que militares da ativa incentivaram a continuidade das manifestações antidemocráticas.
Segundo relatório da Polícia Federal entregue a Moraes, Cid “compilou estudos que tratam da atuação das Forças Armadas para Garantia dos Poderes Constitucionais e GLO”.
Há fortes indícios de que houve desvio de bens de alto valor patrimonial ofertados por autoridades estrangeiras a Bolsonaro ou a agentes públicos a serviço dele.