Operação apreende 24 antenas de empresa de Musk em garimpo ilegal

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A Operação Catrimani II, do governo federal, apreendeu 24 antenas Starlink, da empresa SpaceX, do bilionário Elon Musk, na terra indígena Yanomami. A ação ocorreu entre 4 e 10 de março e foi realizada pela Casa de Governo, com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), entre outras instituições governamentais.

Os agentes, em grande maioria militares, inutilizaram 38,4 mil litros de óleo diesel e 6,6 mil litros de gasolina de avião, combustíveis usados pelo garimpo ilegal. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fiscalizou nove pontos de abastecimento e 15 postos revendedores de combustíveis, o que resultou em 19 autos de infração, três autos de interdição e 26 notificações.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também participou da operação e fiscalizou 121 aeronaves, com duas apreensões.

Dentro do território protegido, os agentes destruíram 200 motores, 36 geradores de energia, 49 acampamentos, quatro aeronaves, 12 balsas e apreenderam outras três. Segundo o governo federal, a comunicação entre os criminosos era facilitada por meio das antenas Starlink.

A operação também identificou 180 pistas de pouso clandestinas. O piloto de um helicóptero destruído pelo Exército foi preso, e a prisão foi mantida pela Justiça Federal.

Crise humanitária

A Casa de Governo foi instalada em março em Boa Vista, capital de Roraima, para enfrentar a crise humanitária na terra indígena Yanomami. A estrutura conta com o apoio de diferentes órgãos do governo federal, como a Funai, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Polícia Federal (PF).

“Os resultados já alcançados em 2024 mostram um trabalho articulado, planejado e coordenado. A determinação do presidente Lula é que o Estado assegure a paz e a proteção dos Yanomami”, afirmou o diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, responsável pela articulação dos órgãos federais envolvidos.

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