A Polícia Federal (PF) deflagrou na madrugada desta quinta-feira (14) uma operação para desarticular um esquema de financiamento e exploração ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
Nesta ação, batizada de Forja de Hefesto, são cumpridos 4 mandados de prisão e 7 de busca e apreensão. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de R$ 240 milhões dos investigados.
Para a PF, esse é o lucro que o grupo teria tido com extração ilegal no território indígena.
As investigações identificaram transações financeiras relacionadas à venda de cassiterita extraída ilegalmente da região para um dos maiores produtores mundiais de estanho (metal). As investigações apontam que apenas em um período de cinco meses, em 2021, mais de R$ 166 milhões de cassiterita teriam sido comprados.
A PF diz que a empresa não verificaria a origem do mineral comprado e faria aquisições de uma mineradora com matriz em Rondônia e filial em Roraima, onde não há garimpos legais. Posteriormente, o mineral processado seria exportado, sendo adquirido por grandes multinacionais e, inclusive, por big techs.
O inquérito também detalha que outros suspeitos seriam responsáveis por maquinários em garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami revenderiam a cassiterita extraída ilegalmente a intermediários responsáveis por “lavar” o minério com o uso de empresas que possuem lavras regulares em outros estados.
A Justiça determinou, ainda, a suspensão das atividades da mineradora, que possui mais de 150 processos minerários, inclusive para pesquisa e exploração de minérios.
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