Organizadores do ato em desagravo a Jair Bolsonaro neste domingo (25/2), na Avenida Paulista, pediram aos políticos que discursarão no evento que não mencionem em suas falas o pedido de impeachment de Lula.
O temor dos bolsonaristas é de que eventuais discursos nesse sentido façam o evento ser visto mais como uma manifestação pró-impeachment de Lula do que como um desagravo ao ex-presidente da República.
Segundo um parlamentar próximo de Bolsonaro, o foco será “total” no ex-presidente, que pretende usar a manifestação para se defender das acusações de que tramou um golpe de Estado no final de seu governo.
Apesar da ordem, bolsonaristas admitem que será difícil controlar cartazes de apoiadores do ex-presidente que estiverem na Paulista defendendo o impeachment de Lula.
O pedido de impeachment
Nesta semana, parlamentares bolsonaristas aproveitaram a fala de Lula comparando a morte de palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto para apresentar um pedido de impeachment contra o petista.
O pedido de impeachment de Lula, como noiticou o Metrópoles, foi protocolado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na sexta-feira (23/2) com cerca de 140 assinaturas.
Nesta semana, a oposição também planeja um ato no Senado. A ideia é promover uma entrega simbólica do pedido aos senadores, responsáveis por julgar o mérito do impeachment, caso o processo avance no Congresso.