Na Igreja Nossa Senhora da Conceição (Matriz), no centro da capital amazonense, o pároco da Catedral de Manaus, padre Hudson Ribeiro, criticou, ontem (26/11), a rede de saúde pública administrada pelo Governo do Amazonas. Entre os pontos criticados pelo religioso, estão a ausência de remédios nas unidades de saúde e o atraso no pagamento dos profissionais que atuam na rede de saúde. Durante a missa, o padre disse aos fiéis que visitou um hospital e ficou surpreso com as péssimas condições da área da saúde administrado pelo Governo do Estado. As informações são do Radar Amazônico.
“Eu fiquei mais uma vez abismado com a situação da saúde desse Estado. Profissionais com os salários atrasados meses, cooperativas que não recebem, ausência de alimentação para profissionais e acompanhantes, ausência de medicamentos, e todos dizem que está tudo bem na saúde e não está”, disse o padre.
Hudson Ribeiro, que recentemente foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo-auxiliar de Manaus, cuja posse será em 2024, disse que é importante não confundir negligência do poder público com a “vontade de Deus”.
“As pessoas morrem há meses esperando. E a gente simplesmente não pode dizer que é um anjo de Deus que voltou para o céu. Porque é a vontade de Deus que chegou a sua hora. Não é da vontade de Deus que as pessoas morram desse jeito. Nunca foi vontade de Deus que as pessoas morressem privadas de direitos que elas têm garantido na constituição. Foi negação, negligência, foi omissão na área da saúde. Isso o cristão tem de refletir”, opinou o padre.
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