Familiares e amigos de Juliano Costa Couto, 49 anos, reuniram-se, no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, para darem o último adeus ao advogado. A morte do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) foi anunciada nesse domingo (28/4).
O velório ocorreu na manhã desta segunda-feira (29/4), às 10h. O sepultamento seguiu às 11h. A causa da morte não foi informada, mas Juliano lutou contra um câncer no intestino descoberto em 2017.
A despedida do advogado reuniu diversos parentes, amigos e admiradores, entre eles autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF). Na ocasião o governador Ibaneis Rocha (MDB) lamentou a perda do amigo e falou sobre o legado que Juliano deixa para o DF.
“É difícil falar. Eu vivi muita coisa boa com o Juliano, nós tivemos um período de Ordem que foi muito produtivo, muito importante para a cidade, muito importante para os advogados. Ele era uma pessoa muito querida, sorriso o tempo todo, alegre, feliz, parceiro dos seus amigos todos, uma perda muito grande”, disse o chefe do Executivo local.
“Acho que é uma história de muito companheirismo, de muita amizade, de muito trabalho. Ele sempre foi um advogado muito esforçado, muito querido em toda a cidade, todo mundo gostava do trabalho que ele desenvolvia, então tem um legado muito importante para todos nós. Apenas foi tão cedo”, acrescentou Ibaneis, que chorou ao lembrar do amigo.
Nascido em Minas Gerais, Juliano formou-se em direito em 1997, na UDF, em Brasília. Logo depois, abriu na capital federal o escritório de advocacia onde trabalhava até atualmente.
A vice-governadora Celina Leão (PP) também esteve presente no velório e teceu elogios ao advogado. Ela disse que recebeu a notícia do falecimento do advogado com muito pesar.
“Um homem íntegro, honrado, amigo de todos, sempre com um sorriso fácil no rosto. Um homem do diálogo, da democracia. Que vem de uma família maravilhosa. Eu acho que ele deixa uma lacuna mas, principalmente, deixa um legado pro Distrito Federal”, ponderou Celina.
Carreira
Pós-graduado em Direito Público, Processo Civil e mestre em Direito Constitucional, Juliano também atuou como secretário-geral adjunto da OAB-DF. O advogado iniciou as atividades de gestão na seccional em 2007, quando se tornou conselheiro.
Em março de 2017, Juliano recebeu o diagnóstico de um câncer no intestino, passou por cirurgia um mês depois, no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo e iniciou a quimioterapia. O procedimento operatório resultou na retirada de 16 centímetros do órgão, que estavam comprometidos.
O advogado era filho de Ronaldo Costa Couto, conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), ex-governador do DF e ex-ministro de governo.
Juliano também deixa a esposa, Aline, e dois filhos.