São Paulo — O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou, nessa quinta-feira (4/4), que o Grupo Silvio Santos estipulou o valor de R$ 80 milhões para a venda do terreno que pode ser utilizado para a construção do Parque do Rio Bixiga. A prefeitura estudava comprar o espaço, atualmente um estacionamento irregular, por R$ 51 milhões.
O terreno é vizinho ao Teatro Oficina — fundado por José Celso Martinez, morto em julho do ano passado — e foi comprado há décadas por Silvio Santos, com a intenção de construir um prédio no local. Zé Celso entrou na Justiça na tentativa de impedir a construção e propôs que o espaço se tornasse o parque, em uma batalha que já dura mais de 40 anos.
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Recentemente, um acordo de improbidade administrativa entre a Uninove, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Prefeitura de São Paulo, firmado em mais de R$ 1 bilhão, descrevia uma parcela dessa quantia, de R$ 51 milhões, destinada para a implementação do Parque do Rio Bixiga. O acordo foi realizado após a Uninove reconhecer participação em um esquema para driblar a fiscalização da instituição.
Na decisão, de acordo com Nunes, consta que o dinheiro deve ser “preferencialmente” destinado ao investimento no parque, não “obrigatoriamente”. Segundo o prefeito, é necessário discutir com vereadores para colocar o projeto em votação, uma vez que a construção não estava prevista no Plano Diretor, aprovado em junho do ano passado.
Sobre a proposta feita pelo Grupo Silvio Santos, R$ 30 milhões acima do estimado anteriormente, Nunes afirmou que “não quer dizer que a prefeitura vai aceitar”. Segundo o prefeito, o Departamento de Desapropriações da Procuradoria Geral do Município vai fazer uma avaliação do espaço para constatar se o valor corresponde ao pedido do grupo.