A Justiça de São Paulo negou o pedido de uma passageira que tentou cobrar da Azul o calote que levou de uma empresa do grupo 123 Milhas. Após vender milhas à empresa da 123 Milhas, a passageira não recebeu o dinheiro e tentou cobrar a companhia aérea pelo prejuízo. A decisão foi assinada no último dia 30.
Em 22 de agosto do ano passado, a passageira vendeu 100 mil milhas adquiridas na Azul à Art Viagens e Turismo, companhia do grupo da 123 Milhas, por R$ 2,5 mil. Uma semana depois, a Art e a 123 Milhas entraram em recuperação judicial. Além do ressarcimento das milhas, a passageira pedia R$ 7 mil em danos morais.
O juiz Fernando Lima excluiu a Azul do processo e considerou que a companhia aérea não teve qualquer participação no negócio. Por outro lado, o magistrado condenou a Art Viagens a devolver as 100 mil milhas e a pagar R$ 5 mil em danos morais. Segundo o juiz, a cliente percorreu uma “via crucis” ao tentar contato diversas vezes com a parceira da 123 Milhas sem sucesso.
Em outro processo, a Justiça do Rio de Janeiro já havia decidido no ano passado que a Azul poderia limitar o comércio de milhas aéreas. Foi uma tentativa do setor de esvaziar o mercado paralelo de milhas, abastecido por clubes de vantagens e estimulado por empresas como a 123 Milhas, que segue em recuperação judicial.