PCDF quase triplica repasses para socorrer plano de saúde do GDF

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) quase triplicou o percentual de repasse feito mensalmente para socorrer o plano de saúde dos servidores distritais, que apresenta déficit milionário.

A corporação dava ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal (Inas-DF) o equivalente a 3% da folha de pagamento. Um decreto do último dia 30 de outubro aumentou o percentual para 8,34%. Veja:

Imagem de decreto publicado no Diário Oficial do DF que prevê reajuste no repasse da PCDF ao GDF Saúde
PCDF quase triplica repasse ao plano de saúde do GDF

Em nota, a PCDF disse que o aumento ocorreu “com o intuito de regular o déficit entre o montante das despesas assistenciais e o da receita para custeio do plano, medida essencial para garantir a sustentabilidade do GDF Saúde”.

Atualmente, 17.915 policiais civis ativos, aposentados, dependentes e pensionistas são beneficiários do GDF Saúde. A corporação esclareceu que, apesar de quase triplicar o repasse mensal ao Inas-DF, o aumento não será sentido pelos servidores, que não terão de pagar a mais para acessar o plano.

Déficit milionário

O Inas-DF disse à coluna que o GDF Saúde possui 88.500 beneficiários. A receita do plano é composta pelas mensalidades pagas pelos servidores e pela coparticipação dos órgãos públicos.

Segundo o Inas-DF, nenhum outro ente do GDF além da PCDF teve aumento no repasse mensal.

Embora o instituto não tenha dito à reportagem qual é o valor do déficit atual, o Governo do Distrito Federal (GDF) declarou à Justiça do DF, em setembro deste ano, que o plano de saúde terá déficit de quase R$ 148 milhões em 2023.

A informação consta em um recurso do governo contra uma das decisões judiciais que suspenderam o reajuste médio de 20% na mensalidade paga pelos beneficiários do GDF Saúde. Apesar da tentativa, o aumento na mensalidade está mantido.

Aumento

Sindicatos de diversas categorias acionaram a Justiça do DF contra o aumento do valor cobrado pelo GDF Saúde diretamente aos servidores.

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No último dia 20 de outubro, em duas das decisões judiciais mais recentes sobre o caso, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Fátima Rafael manteve o reajuste do valor do plano de saúde, apesar de pedidos contrários das entidades que representam professores, auxiliares e técnicos de enfermagem.

Os sindicatos argumentaram que o aumento foi aplicado por meio de uma portaria do GDF e não passou pela Conselho de Administração do Inas-DF, trâmite exigido por lei.

Em nota, o Inas-DF disse à coluna que o aumento do plano de saúde passou a valer para os servidores em setembro, após aprovação do órgão colegiado, conforme prevê a legislação.

“Com a formação do Conselho de Administração do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal, composta por representantes do GDF e das categorias dos servidores do Distrito Federal, os termos da Portaria nº 102, de 11 de agosto de 2023, que fixa os novos valores de contribuição foram deliberados e ratificados pelo órgão colegiado, pacificando a questão”, enfatizou.

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