A Polícia Federal (PF) vai apurar como uma assessora de Carlos Bolsonaro obteve informações sigilosas de inquéritos no STF que supostamente envolvem a família Bolsonaro. Em uma troca de mensagens enviada pela PF ao Supremo, a assessora Luciana Almeida citou o nome de uma delegada e de um escrivão que atuavam em investigações específicas no tribunal, o que chamou a atenção dos investigadores.
As conversas interceptadas pela PF basearam a operação desta segunda-feira (29/1) contra o vereador Carlos Bolsonaro, por suposto monitoramento ilegal de opositores do governo Bolsonaro.
Luciana Almeida, assessora de Carlos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, enviou uma mensagem para Priscilla Pereira e Silva, assessora de Ramagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), pedindo informações sobre dois inquéritos conduzidos pela delegada Isabela Muniz Ferreira.
A PF identificou que a assessora de Carlos errou o número dos inquéritos, ou seja, mencionou investigações que não miravam diretamente os Bolsonaro. Mesmo assim, os investigadores querem apurar como Luciana obteve informações internas dos processos sigilosos.