São Paulo — Duas mulheres foram presas nesta quarta-feira (7/2) em uma fábrica de chocolates alucinógenos em Mairiporã, na Grande São Paulo. A produção usava como princípio ativo a psilocibina, obtida nos chamados “cogumelos mágicos”, do gênero Psilocybe sp., que são usados em rituais indígenas religiosos.
A Polícia Civil afirma que a psilocibina e o metabólito ativo, a psilocina, fazem parte da lista de substâncias psicotrópicas de uso proscrito no Brasil, por meio da portaria 344/98 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em barras, trufas, bombons ou cookies, os chocolates eram comercializados em diversos formatos em site pela internet. O produto era vendido também em versões 70%, diet/vegan e ao leite, além de sabores variados, com morango, laranja e caramelo, por exemplo.
As imagens divulgadas pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) mostram também que o chocolate usado como a base para a produção (onde é inserido o princípio ativo extraído do cogumelo) é belga, um dos mais recomendados por mestres confeiteiros, custando em torno de R$ 50 o pacote de 400 gramas.
Segundo o Deic, a equipe de investigadores obteve uma amostra de um dos itens, que foi submetida primeiro ao Instituto de Criminalística, que constatou a presença da psilocibina.
A partir daí, foi obtido mandado de busca e apreensão. Em uma casa, era fabricado o produto. Já a sede administrativa ficava em um centro comercial na cidade.