Polonesa revela que se arrependeu de ter dito que era Madeleine McCann

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Julia Wandelt criou um perfil nas redes sociais e afirmou ser Madeleine McCann, menina inglesa que desapareceu em Portugal em 2007, quando tinha 3 anos de idade. Após virar alvo de críticas na internet, a polonesa relatou que se arrependeu da alegação e explicou por que foi à internet.

“Eu nunca quis machucar ninguém — incluindo (os) McCanns. Eu realmente queria saber quem eu sou”, declarou, em entrevista à BBC. A jovem, de 22 anos de idade, foi responsável por criar o perfil no Instagram @iammadeleinemccan, que já foi excluída da rede.


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Após ir à internet, ela foi criticada por contar sua história e relatou que se arrependeu de ter criado a conta. “Eu nunca teria ido para as redes sociais. É capaz de te destruir”, completou. Um grupo de pessoas obcecadas pela história analisava as publicações de Julia.

Sobre saber quem é, a jovem relembrou que ficava isolada na escola e que foi abusada sexualmente na infância. Ela encontra tranquilidade na música. “Ainda é a maneira de lidar com as dificuldades da minha vida”, contou. Quando entrou na terapia, a moça reparou que suas memórias de infância eram irregulares, com períodos em que não se recordava de nada.

Foi, nesse momento, em que ela imaginou que o seu período de criança poderia conter um grande segredo e passou a questionar a sua família, mas não recebia respostas para suas perguntas. “Por exemplo, você pode me mostrar algumas fotos da infância? Você pode me mostrar suas fotos de gravidez?”, detalhou.

Falsa Madeleine McCann

Por conta dessa situação, ela passou a pesquisar na internet sobre pessoas desaparecidas e chegou ao nome de Madeleine McCann. Segundo Julia, ela conheceu o caso nessa ocasião e achou ter reconhecido um dos suspeitos do suposto sequestro. “Eu sei (como) meu agressor se parece. E eu sei que é muito, muito semelhante aos suspeitos da página de Madeleine McCann”, completou.

Diante da situação, essa parecia uma resposta para suas perguntas e ela notou que, assim como a garotinha, tinha um coloboma da íris, uma anormalidade ocular que afeta um entre 10 mil bebês. A conta nas redes sociais foi criada após as polícias da Polônia e da Inglaterra não darem atenção à sua história.

A rede de apoio foi instantânea e ela passou a receber diversos presentes. “Eu nunca senti que as pessoas que me apoiam ou que me seguem são fãs. Eu sempre sinto que eles são apenas pessoas que são amigas”, disse. Entretanto, essa fama também trouxe um ponto negativo.

“Eu sabia que haveria pessoas que não acreditariam em mim ou me odiariam, mas não esperava receber ameaças de morte, por exemplo. É algo que eu não entendo. As pessoas sabiam que eu era vítima de abuso e que lidava com depressão”, contou.

À BBC, Julia relembrou algumas críticas: “Eu estava tentando ser forte mesmo quando as pessoas disseram: Você deveria morrer. Você deveria ser estuprada. Você deveria ser morta. Você deveria ser assassinada. Você não deveria existir neste mundo”.

Pouco depois de sua história viralizar globalmente, ela fez um teste de DNA, que revelaram que ela não era Madeleine McCann, que era da Polônia e tinha traços oriundos da Lituânia e da Romênia. Após a situação, ela pediu desculpas à família da garotinha.

“Pedi desculpas aos McCanns porque não os conheço pessoalmente. Não sei se eles estavam assistindo a essa jornada, se estavam tristes ou o que quer que seja. E eu só queria pedir desculpas. Porque cada pessoa pode reagir de uma maneira diferente e talvez isso tenha trazido mais tristeza a eles”, completou.



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