Uma das estratégias do governo Lula (PT) para convencer congressistas ligados às Forças Armadas a apoiarem a PEC dos Militares é relembrar que os investimentos reservados para a Marinha, Exército e Aeronáutica chegam a R$ 52,8 bilhões no Novo PAC (Programa da Aceleração do Crescimento).
O ministro da Defesa, José Múcio, está à frente das negociações e cita em conversas com os congressistas o valor do investimento. A ideia é mostrar que o presidente Lula não está “punindo” os militares em seu terceiro mandato.
Múcio já se reuniu com o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), general de reserva do Exército, e mostrou pontos determinantes da Proposta de Emenda à Constituição que barra militares da ativa de participarem da política.
Estão previstas discussões em Plenário do Senado para debater a PEC. Assim, o governo ganha tempo para tentar convencer os congressistas de oposição.
O gasto de R$ 52,8 bi na Defesa no Novo PAC é maior que o com áreas como Saúde e Educação. A previsão de investimentos estão baseadas na construção de um submarino nuclear para a Marinha e até a compra de novos caças F-39 Gripen NG para a Aeronáutica.