As comportas de contenção do sistema de proteção contra enchentes de Porto Alegre (RS) foram fechadas devido o risco de o Guaíba transbordar. De acordo com a Defesa Civil, o rio deve atingir o nível de inundação nas próximas 24h.
Ele ultrapassou o nível de alerta durante esta manhã e marcou 2,63 m no Cais Mauá, segundo medição da Secretaria do Meio Ambiente e Estrutura (Sema). A cota de inundação é 3 m.
O nível do Guaíba aumentou devido ao forte temporal que atinge o estado do Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29/4). Apenas nas últimas 24h choveu 71,2 milímetros em Porto Alegre. Nos últimos três dias, 231,6 milímetros.
A Prefeitura de Porto Alegre divulgou que a Defesa Civil e a Procuradoria-Geral do Município (PGM) vão editar um decreto de situação de emergência de nível 2 na região. O instrumento permite que sejam solicitados recursos, de forma facilitada, das esferas estadual e federal, além de autorizar a cidade a mobilizar todos os órgãos nas ações necessárias.
“É de suma importância que as pessoas compreendam que devem buscar um lugar seguro — seja a casa de familiares, seja as estruturas da prefeitura. Já as famílias que estão longe das áreas de risco devem priorizar ficar nas suas residências”, ressaltou o coordenador da Defesa Civil de Porto Alegre, Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior.
Calamidade Pública
O estado do Rio Grande do Sul contabiliza 13 mortes causadas pelas fortes chuvas que afetam o estado desde segunda-feira (29/4). De acordo com boletim divulgado pela defesa civil na manhã desta quinta-feira (2/5), entre os 134 municípios afetados, há 5,2 mil desalojados, 21 desaparecidos e 12 feridos por causa dos temporais.
Em edição extra do Diário Oficial do Estado, publicada na noite de quarta-feira (1º/5), o governo do Rio Grande do Sul declarou estado de calamidade pública. O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que as chuvas vão ser o “maior desastre” que o estado já enfrentou.
“O que precisamos alertar a população, infelizmente, é que, sim, vai ser pior do que o que a gente viu em setembro do ano passado em termos de localidades que serão atingidas. Não na velocidade que tivemos no ano passado. Infelizmente, deverá ser pior em questão da cota que será atingida”, afirmou o governador a jornalistas.
