Presidente da Fifa, Gianni Infantino lamenta morte de Zagallo

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Gianni Infantino, presidente da Fifa, manifestou neste sábado, por meio das redes sociais, sua tristeza pela morte de Mario Jorge Lobo Zagallo, campeão das Copas de 1958 e 1962 como jogador, 1970, como treinador, e ainda 1994, na função de assistente técnico de Carlos Alberto Parreira. Em postagem, ele destacou o legado deixado pelo brasileiro.

“A história da Copa do Mundo não pode ser contada sem Zagallo. Um ídolo da história do futebol”, diz parte do trecho da postagem do dirigente que comentou sobre a sua importância para o futebol. “Uma das figuras mais influentes da Copa do Mundo.”

Em sua homenagem, Infantino afirma que ele conseguiu uma grandeza que extrapola as fronteiras nacionais. “Zagallo será lembrado como o padrinho do futebol brasileiro e sua presença fará muita falta para todos no esporte, mas principalmente para a Fifa”, diz a mensagem.

Quem também manifestou solidariedade foi o Real Madrid. Em seu site oficial, o gigante espanhol classificou Zagallo como “um lenda do futebol brasileiro e também do futebol mundial.”

O time do técnico Carlo Ancelotti destacou ainda os feitos e conquistas tratando o treinador como um autêntico vencedor. “Como jogador, Zagallo defendeu América, Flamengo e Botafogo, e foi proclamado campeão mundial pela seleção brasileira em 1958 e 1962. Como treinador, sua carreira o levou a se tornar uma lenda no banco de reservas”, definiu o Real em seu site oficial.

Luto

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou, neste sábado (6/1), três dias de luto oficial no Brasil após a morte do ex-técnico de futebol Mario Jorge Lobo Zagallo, morto aos 92 anos. Já o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, decretou luto oficial de sete dias.

A informação sobre a morte foi confirmada pelo perfil oficial do Zagallo no Instagram.

Lenda

Mario Jorge Lobo Zagallo nasceu em 9 de agosto de 1931, em Atalaia. Começou sua carreira no América-RJ, seu clube do coração. Depois, transferiu-se para o Flamengo, time no qual conquistou o tricampeonato carioca (1953, 1954 e 1955). Após o Rubro-Negro, foi para o Botafogo, clube em que voltou a vencer estaduais, além da Taça Brasil.

Pela Seleção Brasileira, Zagallo esteve presente nas disputas dos Mundiais de 1958 e 1962, conquistadas pelo Brasil.

Após se aposentar dos gramados em 1966, iniciou a carreira de técnico no juvenil do Botafogo. Treinou o profissional do Fogão em quatro oportunidades, o Flamengo três vezes, o Vasco em duas ocasiões, além de Fluminense, Al-Hilal, Bangu e Portuguesa.

Zagallo foi o treinador da icônica Seleção Brasileira de 1970, tricampeã mundial no México. Foi coordenador de Parreira em 1994, Copa que o Brasil também venceu, nos Estados Unidos, e vice-campeão como treinador da Seleção em 1998, na França. Trabalhou na Copa de 2006, novamente na comissão técnica de Parreira.

Com os dois títulos vencidos como treinador e os dois como jogador, é o recordista de Mundiais, além de ser uma das três pessoas que conquistaram a Copa do Mundo tanto como jogador quanto treinador.

Folclórico

Profissional vencedor, Zagallo foi também um homem de personalidade forte e carismática. Tinha uma superstição com o número 13, desde a época de jogador. Ao comemorar a Copa América de 2004, bradou: “Brasil campeão tem 13 letras, e Argentina vice também”.

Por falar em Copa América, foi após conquistar o torneio em 1997 que soltou uma de suas frases mais emblemáticas. Em alusão às críticas em relação ao seu trabalho, Zagallo fez a icônica declaração: “Vocês vão ter que me engolir”.



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