Além de John Textor, dono da SAF do Botafogo, a atual presidente do Palmeiras, Leila Pereira, também deverá estar na lista dos primeiros depoimentos da CPI da manipulação do futebol.
Segundo o futuro presidente da comissão de inquérito, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), a mandatária palmeirense deve ser uma das convocadas, assim como um árbitro citado por Textor em sua acusação da manipulação.
Textor diz ter provas de que o Palmeiras, time de Leila, foi beneficiado em 2022 e 2023. Ele afirma que jogadores de Fortaleza e São Paulo, em partidas contra o alviverde, tiveram atitudes suspeitas.
Alvo da CPI
A ideia da CPI, entretanto, não é focar nas suspeitas levantadas pelo dirigente botafoguense sobre partidas da série A do Campeonato Brasileiro. O alvo são cerca de 100 partidas disputadas em 2023, a maioria da série D.
As partidas suspeitas estão em um levantamento feita pela Sportradar, contratada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para analisar jogos desde 2017. A empresa será convidada para explicar os indícios de manipulação.
Além disso, Kajuru deverá também convocar presidentes do Tombense e Londrina, já que ambos os times foram citados pela empresa.
Entenda a denúncia
Na segunda-feira (1º/4), Textor voltou a afirmar que jogos do Palmeiras em 2022 e 2023 foram manipulados. Em seu site pessoal, afirmou que possuí provas de que ao menos dois jogos da equipe paulista tiveram resultados combinados.
O mandatário botafoguense afirma que jogadores do Fortaleza em 2022 e do São Paulo em 2023 tiveram comportamento suspeitos nas partidas contra o Palmeiras, que se sagrou campeão nas duas últimas temporadas.
Apesar das acusações, Textor não apresentou provas quando elas foram requisitadas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJF). As diretorias de Palmeiras e São Paulo prometeram tomar medidas judiciais contra o dirigente.