A defesa de Claudinei Pego, homem preso no 8 de janeiro que tentou suicídio no mês passado, pediu que o processo seja julgado pelo plenário do STF. Os advogados destacaram que a Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia pedido a liberdade dele em outubro.
Claudinei Pego foi detido dentro do Palácio do Planalto durante os atos golpistas. Desde então, há um ano, está preso preventivamente. Em 9 de dezembro, o homem tentou suicídio na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Segundo a administração da cadeia, ele não se machucou e foi internado em uma ala psiquiátrica no dia 19.
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Os advogados citaram o episódio e afirmaram que Pego tem “grave enfermidade mental”. “O que deveria ser um julgamento se transformou em um justiçamento”, afirmou a defesa. Segundo o documento, Claudinei Pego invadiu o Planalto, mas não cometeu nenhuma violência ou depredação.
Em outro trecho, a defesa ressaltou que a PGR pediu a liberdade de Claudinei Pego em outubro, dois meses antes da tentativa de tirar a própria vida na prisão. “Não mais se justifica a segregação cautelar, seja para a garantia da ordem pública, seja para conveniência da instrução criminal, especialmente considerando a ausência de risco de interferência na coleta de provas”, escreveu o subprocurador Carlos Frederico Santos em 9 de outubro, em parecer enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. A PGR pediu que ele use tornozeleira eletrônica, entre outras restrições.
Em comunicado no mês passado, o Supremo afirmou que a defesa não havia apontado nenhum problema de saúde de Pego, e que o homem tem antecedentes criminais. Se rejeitar levar o processo ao plenário físico, o caso será julgado pelo plenário virtual até o próximo dia 5.