O PSDB vai acionar o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, na Justiça por “uso indevido de rede nacional de rádio e televisão para promoção pessoal do presidente da República”.
O partido diz que o nome do presidente Lula (PT) foi citado cinco vezes no pronunciamento do ministro em rede nacional de rádio e TV, feito na última terça-feira (30/4), véspera do Dia do Trabalho.
Segundo a sigla, houve violação ao princípio da impessoalidade. “Sob o pretexto de comemorar o dia Primeiro de Maio, o Ministro do Trabalho agiu muito mais como militante do partido do Presidente do que como ministro de Estado. Promoveu de forma indevida a pessoa do presidente da República”, diz nota do partido.
O pedido é que os envolvidos sejam multados e que devolvam os valores usados. “Esse comportamento deve ser punido para que não se repita no futuro”, finaliza a nota, assinada pelo presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, e pelo presidente do Instituto Teotônio Vilela, deputado federal Aécio Neves.
Pronunciamento citado pelo PSDB
Marinho foi escalado por Lula para pronunciamento em alusão ao Dia do Trabalho. Na fala, ele destacou números do governo federal na economia e comemorou o recorde na geração de empregos de carteira assinada.
“Nos primeiros 3 meses deste ano, geramos 720 mil empregos, 34% a mais do que no mesmo período do ano passado. Desde o início do nosso governo, já foram 2 milhões e 190 mil empregos de carteira assinada. Neste 1º de Maio, é dia de comemorar, também, a valorização real do salário mínimo, que voltou a subir acima da inflação”, ressaltou o ministro.
O petista ainda prometeu que a “reforma tributária vai baratear os preços dos alimentos” e lembrou a promessa do governo de incluir trabalhadores que recebem até R$ 5 mil na faixa de isenção do Imposto de Renda (IR).
Além disso, mencionou a proposta de regulamentação do trabalho de motoristas por aplicativo enviada ao Congresso Nacional. “A proposta que encaminhamos ao Congresso, com garantia de direitos trabalhistas e previdenciários para os motoristas de aplicativos, sem que eles precisem renunciar à sua autonomia”, pontuou.