Os impactos positivos da inteligência artificial (IA) no cotidiano passam a ser cada dia mais evidentes, e até a escolha de que roupa vestir pode ser facilitada com a tecnologia. A coleção de óculos criada em parceria da Ray-Ban com a Meta (antigo Facebook) é prova disso, com ferramentas úteis para quem gosta de se vestir bem. Contudo, reguladores de segurança e privacidade levantam preocupação em relação à possível invasão de privacidade com o uso dos smart glasses.
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Lançados em setembro de 2023, os Ray-Ban Meta Smart Glasses já estão nos olhos dos clientes, mas as futuras atualizações prometem revolucionar ainda mais a interação do usuário com o seu redor. Alimentados pela tecnologia avançada de IA da Meta, os óculos inteligentes englobam câmera de 12MP, microfones e alto-falantes que permitem fazer desde lives nas redes sociais até resolver problemas mais complexos.
Uma dessas funcionalidades foi apresentada por Mark Zuckerberg, CEO da empresa de tecnologia, em vídeo publicado no Instagram. Nele, o executivo se encontra em um closet, escolhendo uma roupa para vestir. Ao segurar uma camisa, o homem pergunta, em voz alta, qual calça ele pode usar com o item.
“Baseado na imagem, essa é uma camisa listrada. Um par de jeans ou calças de cores sólidas combinariam bem com essa camisa”, respondeu prontamente a tecnologia, após analisar a peça que o usuário segura à frente.
Ray-Ban x Meta e privacidade
A nova coleção de Ray-Ban Meta Smart Glasses teve, no mês de janeiro, os recursos principais aprimorados, adicionando novas capacidades “que nunca foram vistas em um par de óculos inteligentes antes”, segundo a empresa. No site da Ray-Ban, o item está à venda por a partir de US$ 329, mas as funcionalidades ainda não estão no mesmo nível de atualização da demonstrada por Zuckerberg.
o Apple Vision Pro, os óculos inteligentes da empresa californiana, foi lançado, na última sexta-feira (2/2). À venda por US$ 3.499, o produto reacendeu a discussão acerca dos limites da inteligência artificial na privacidade, já que é difícil reconhecer quando o aparelho está ou não gravando o áudio e o vídeo do usuário.
No caso dos óculos da Meta, uma luz acende no canto direito dos óculos quando uma foto ou gravação é feita, o que dificulta as chances de algo ser feito sem a aprovação do usuário. Para os críticos, contudo, o sinal não é suficiente para a garantia da privacidade, já que a empresa de Zuckerberg já foi acusada de guardar informações sem nenhum aviso ou consentimento.
Com a iminente chegada dos recursos inovadores de IA aos óculos inteligentes da Ray-Ban, a vanguarda tecnológica da Meta mais uma vez se destaca, prometendo impactar diversas esferas da vida cotidiana, incluindo o universo da moda. Apesar das preocupações relacionadas à privacidade, é incontestável a praticidade que essas tecnologias proporcionarão às pessoas preocupadas com o estilo pessoal quando forem lançadas.