O presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador Caio André, insiste na realização de novo concurso público. É louvável o interesse do parlamentar, mas é preciso antes avaliar onde e como lotar novos servidores.
Há um Programa ainda insipiente de aposentadoria incentivada, o que abriria as vagas destinadas à seleção de novos funcionários, mas a adesão ainda é pequena.
Ademais, a Câmara conta com cerca de 4 mil funcionários, entre efetivos, comissionados e contratados pelos gabinetes. De mãos dadas, eles uniriam a sede da Câmara, no São Raimundo, à Praia da Ponta Negra.
Colocar todo esse pessoal na atual sede já é uma tarefa impossível. E mesmo que houvesse espaço não haveria o que fazer.
Contratar mais gente é desperdiçar dinheiro público – que não falta na Câmara de Vereadores de Manaus, mas é preciso gastar com responsabilidade.
Algumas iniciativas em ano pré-eleitoral, mesmo aquelas que visam privilegiar o mérito – no caso do concurso a seleção dos melhores que se habilitarem – deve ser vista com a necessária cautela.