Rede 5G representará 51% do total de conexões móveis em 2029

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A rede 5G representará 51% das conexões móveis até 2029 e atingirá 56% de adoção até 2029. A previsão está no relatório anual sobre economia móvel da GSMA, associação internacional que representa os interesses de mais de 750 operadores e fabricantes de telefonia móvel de 220 países do mundo.

O documento destaca as últimas tendências que moldam o ecossistema móvel global e recomenda áreas de investimento para ajudar a indústria a expandir o acesso móvel e melhorar a qualidade do serviço.

Os dados foram lançados na abertura do Mobile World Congress (MWC) 2024, em Barcelona. Pelo que aponta, o crescimento das conexões nos próximos cinco anos vão superar os atuais patamares em 11 pontos percetuais.

Relatório da União Internacional de Telecomunicações (UIT), braço da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado no fim de 2023, apontou que a cobertura da rede móvel 5G atinge hoje quase 40% da população mundial.

Realidade da rede 5G no Brasil

No Brasil, no entanto, a realidade é outra. Hoje o país tem uma dos recursos mais avançados do mundo, devido à ativação da rede 5G standalone (que é o 5G em sua maior potencialidade) em julho de 2023. Por isso, a tecnologia já pode representar 50% das conexões do país.

De acordo com o Edital do 5G, as prestadoras de telefonia móvel vencedoras dos lotes de 3,5 GHz em âmbito nacional deveriam ativar, até o segundo semestre do ano passado 1.896 estações apenas em capitais.

O número de estações licenciadas em capitais, no entanto, chegou a patamar cinco vezes maior já em 2023 e hoje supera todas as expectativas dos compromissos admitidos.

Vice-presidente de Relações Públicas da Huawei América Latina e Caribe, Atilio Rulli ressalta que o leilão feito no Brasil foi avançado e está a frente da diversos países. Gigante chinesa, a Huawei é líder global de infraestrutura para Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e dispositivos inteligentes.

Veja:

3G ainda é a realidade

A realidade do Brasil puxa para cima o percentual de conexões previsto para 2029. No entando, a distribuição da tecnologia é desigual. O serviço ainda não é presente em países de baixa renda.

O 3G segue como principal forma de acesso à internet em alguns locais do planeta. O serviço 4G é um caminho para conectividade significativa mais ainda está acessível somente para 39% da população em países de baixa renda.

Mesmo com as diferenças de conexão, 58% da população mundial utilizava internet móvel no fim de 2023, o que representa 4,7 bilhões de usuários e um aumento de 2,1 bilhões desde 2015.

Pelas estimativas da GSMA, 3 bilhões de pessoas ainda não utilizam a internet móvel, apesar de viverem numa área coberta por redes de banda larga móvel.

Mas, afinal, o que significa o 5G?

O sinal 5G puro, também conhecido como conexão standalone, chega com a promessa de revolucionar a forma como as pessoas interagem com equipamentos eletrônicos.

O envio e a coleta de dados em tempo real possibilita uma experiência mais assertiva nos aplicativos e serviços on-line, além de potencializar a vivência em produtos de realidade virtual e realidade aumentada, vídeos 3D e outras aplicações com a chamada Internet das Coisas (IoT) — que inclui avanços em diversas áreas, como educação, agricultura e indústria.

No 5G puro, os usuários podem ter acesso a uma conexão com velocidade 20 vezes maior do que a ofertada pelo 4G. Essa rapidez influencia na melhor qualidade e resolução de vídeos e imagens, além de diminuir o tempo de downloads e uploads.

Emitido na frequência de 3,5 GHz — o mesmo sinal das antenas parabólicas tradicionais de TV aberta —, as cidades que estão recebendo o 5G precisam se adaptar e aumentar a quantidade de antenas de transmissão para atender à demanda dos usuários.

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