O jogador Daniel Alves, de 40 anos, foi condenado pelo Tribunal de Barcelona, na Espanha pela acusação de agressão sexual. A decisão saiu nesta quinta-feira (22/2) e ele pegou 4 anos e meio.
Todos os envolvidos no caso foram convocados pela juíza Isabel Delgado Pérez a comparecer ao tribunal. O ex-jogador do Barcelona é suspeito de ter abusado sexualmente de uma mulher em 30 de dezembro de 2022.
Pena
A advogada da vítima, Ester García, pediu 12 anos de prisão para o jogador. Essa é a pena máxima para casos de agressão sexual na Espanha. A promotoria, por outro lado, pede nove anos de detenção para o atleta.
A defesa do ex-jogador quer a liberdade condicional dele, com a retirada dos passaportes do Brasil e da Espanha.
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Chris Brunskill/Fantasista/Getty Images
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Prisão do jogador
Daniel Alves foi preso em 20 de janeiro de 2023 pela polícia espanhola quando foi prestar depoimento sobre o processo por suposta agressão sexual. Segunda a denúncia, uma mulher diz ter sido assediada pelo atleta durante uma festa na Catalunha. Na época, ele negou todas as acusações.
No momento da detenção, Daniel Alves era jogador do Pumas, do México. O time anunciou a demissão do lateral no mesmo dia da prisão do atleta.
O ex-jogador da Seleção brasileira está em prisão preventiva no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona. A defesa de Daniel Alves apresentou quatro pedidos de liberdade, mas foram negados com o argumento de possível fuga para o Brasil.
Uma possível fuga do jogador é considerada pela Justiça da Espanha, uma vez que a Constituição do Brasil proíbe a extradição de brasileiros, mesmo aqueles que foram condenados em outros países.
Defesa de Daniel Alves
Logo depois da prisão, o jogador contratou o advogado Cristóbal Martell. No entanto, em outubro, o espanhol deixou a defesa do atleta por acreditar que Daniel Alves seria condenado por agressão sexual.
Atualmente, o jogador é representado pela advogada Inés Guardiola, doutora e professora de Direito Penal na Universidade de Barcelona.
Diferente versões
Daniel Alves apresentou diferentes versões do dia do crime durante o julgamento. A vítima, por sua, mantém o mesmo depoimento.
Na primeira versão, o jogador confirmou que estava na casa noturna no dia do crime, mas negou conhecer a vítima.
Depois, o ex-jogador do Barcelona afirmou que os banheiros masculino e feminino tinham uma única porta, e que entrou ao mesmo tempo que a denunciante. No entanto, ele havia negado o ato sexual.
Em sua terceira versão, após a prisão, Daniel Alves admitiu que teve relação sexual oral com a vítima, mas o ato teria sido consensual.
No entanto, em uma nova versão apresentada pela defesa do atleta, ele teria tido relação sexual com penetração com a denunciante, mas continuou afirmando que o ato foi consentido.
Na quinta e última versão apresentada pelo jogador, ele alega que estava embriagado no dia do crime, mas que a relação sexual teria sido consensual.