Respeito é preliminar: como querer sexo quando não se é bem tratada?

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Em um vídeo recente, Alexandre Correa afirmou estar há 390 dias sem sexo por conta de uma “greve” imposta por Ana Hickmann quando ainda eram casados. Contudo, vale lembrar que, após denunciá-lo pela Lei Maria da Penha, Ana relatou diversos anos de abusos psicológicos e financeiros.

Desta forma, fica o questionamento: por que Ana Hickmann teria vontade de fazer sexo com o ex-marido se, durante o dia, não se sentia bem tratada? O fato é que situações cotidianas e nada relacionadas ao ato sexual podem interferir diretamente no tesão na hora H — principalmente quando o assunto é casamento.

De acordo com a psicóloga Silvana Santos, o sexo é biopsicossocial, ou seja, influenciado por fatores biológicos, psicológicos e sociais.

“Uma vez que somos seres biológicos, psicológicos e sociais, situações cotidianas afetam, sim, os nossos desejos. A depender do seu estado físico, do seu humor, de problemas no trabalho ou até mesmo de influências sociais, o nível de desejo pode ser alterado”, explica a estudiosa.

Nesse sentido, em um relacionamento, situações como a parceria fazer comentários maldosos sobre a aparência da pessoa, faltar com carinho e ser abusiva em diversas situações pode destruir a libido e transformar a mulher em um “deserto do Saara”.


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Se os fatores externos influenciam no desejo sexual dos homens, entre as mulheres isso acontece com ainda mais força — e por vários motivos. “A sociedade é muito mais cruel com a mulher. Ensina que ela deve cuidar dos filhos, da casa, do marido, dos pais e do próprio trabalho sorrindo, sendo simpática e solícita”, afirma Silvana.

Essa sobrecarga, somada ao fato de que mulheres são socialmente podadas no que diz respeito à sexualidade, fazem com que, no fim das contas, questões não sexuais interfiram ainda mais na libido feminina.

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