O assassino confesso de Marielle Franco e de Anderson Gomes, Ronnie Lessa, exigiu, para fechar o acordo de delação, que sua família recebesse segurança da Polícia Federal.
A maior preocupação de Lessa era expor sua família a criminosos que ficassem insatisfeitos com a delação premiada.
Como contou a coluna nesta terça-feira (19/3), a mulher de Ronnie Lessa, Elaine Lessa, e a filha, Mohana Lessa, receberam a notícia da confirmação da delação com surpresa e desespero.
“Estamos isentas e no escuro sobre qualquer assunto relacionado a isso [à delação]. Estou desnorteada”, disse Elaine Lessa à coluna.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, confirmou, nesta segunda-feira, que a delação de Ronnie Lessa foi homologada no Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
A delação chegou à Corte porque o assassino de Marielle citou o deputado federal Chiquinho Brazão. O fato, entretanto, não significa que o parlamentar seja o mandante do crime, apenas que foi citado na delação.
Quando uma pessoa com foro privilegiado é citada em uma delação, o relato deve ser, automaticamente, enviado e analisado pela corte responsável pelo foro.