A prefeita de Pelotas (RS), Paula Mascarenhas, orientou que moradores de 17 pontos da cidade deixem suas moradias. O motivo é o risco para as pessoas por causa da alta do nível da água na Lagoa dos Patos. O Rio Grande do Sul vem sofrendo em decorrência de fortes chuvas nesta semana.
Estudo realizado por engenheiros e técnicos do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) indicaram que devem deixar as moradias os moradores das localidades do Laranjal.
Estão inclusos os seguintes pontos: balneários Valverde e Santo Antônio, Pontal da Barra, Marina Ilha Verde, entorno da rua Comendador Rafael Mazza, Vila da Palha, Charqueadas, Umuharama, Lagos de São Gonçalo, Parque Una, Fátima, Balsa, Navegantes, Quadrado, Doquinhas, final da rua General Osório e início do Simões Lopes, que fica próximo à saída para Rio Grande.
A administração municipal também fez alerta para a Vila Farroupilha e Colina do Sul, embora, neste momento, não seja necessário evacuar. “Não temos como afirmar, com absoluta certeza, o que vai acontecer, mas temos que seguir o princípio da precaução”, afirmou a prefeita durante uma live nesta terça.
As famílias que precisarem de ajuda para deixar os lares podem recorrer ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil. Pelotas tinha, conforme o IBGE, 325 mil habitantes em 2022.
O município de Rio Grande fica a 57 km de Pelotas. Os dois ficam na região da Lagoa dos Patos, região do Rio Grande do Sul que deve experimentar o pico de elevação do nível da água em dois dias.
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O espelho d’água da Lagoa dos Patos tem 265 quilômetros de comprimento e 60 de largura, na quota máxima. A área é de 10.144 quilômetros quadrados (km²) e equivalente a 6,6 vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
A expectativa é que a Lagoa dos Patos receba a água de mananciais a jusante. Por este motivo, além da chuva local, há risco para as populações vizinhas.
Na segunda-feira (6/5), o governador Eduardo Leite (PSDB) fez um apelo para que moradores de áreas suscetíveis a elevação da água deixem as moradias. “Nos ajudem para que a gente possa salvar vidas, reduzir os transtornos e depois a gente vai estar junto para a reconstrução”, apelou Leite.
Na manhã desta terça, o boletim mais recente da Defesa Civil do Estado informou que o número de pessoas mortas em decorrência da tragédia subiu para 90. Há também 131 pessoas desaparecidas e 362 feridos.