Uma frente fria preocupa as autoridades de resgate do Rio Grande do Sul. A temperatura pode chegar a 10°C nos próximos dias, com risco de hipotermia para as vítimas das enchentes que ainda aguardam por resgate em áreas de difícil acesso.
A situação do estado foi atualizada durante uma coletiva de imprensa realizada nesse domingo (5/5), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), prefeitos e forças de resgate.
Previsão do tempo
Uma janela de bom tempo entre este domingo (5/5) e a terça-feira (7/5) deve contribuir para os resgates, afirma o Exército.
No entanto, a previsão meteorológica é de instabilidade para todo o estado a partir de quarta-feira (8/5), com mais chuva e queda da temperatura.
“O que nos preocupa é uma queda na temperatura prevista para quarta-feira, quando retorna uma instabilidade para todo o Rio Grande do Sul e podemos ter uma temperatura de até 10°C, o que pode causar ou agravar uma hipotermia nas pessoas que estão necessitando de resgate”, afirma o Exército.
A hipotermia acontece quando a temperatura do corpo se encontra abaixo dos 35°C, prejudicando a realização plena das funções do corpo, que idealmente precisa se manter em temperatura entre 36°C e 37,5°C.
Como resultado, as pessoas podem sentir tremores leves, sensação de falta de circulação sanguínea e dormência nas mãos e pés, cansaço excessivo e lentidão nos movimentos.
Tragédia no Rio Grande do Sul
O grande volume do chuva da última semana causou enchentes e prejuízos em 334 municípios do estado.
Um boletim com dados da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, divulgado às 12h deste domingo (5/5), aponta que o número de mortos chega a 75, com outros seis óbitos são investigados.
Pelo menos 103 pessoas seguem desaparecidas e 155 ficaram feridas, 88.019 estão desalojadas.