De acordo com a PF, ao todo são cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Rio (8) e no Distrito Federal (2).
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, informou a corporação, em nota.
Ironicamente, o próprio Jordy havia protocolado, em março de 2023, um pedido de impeachment contra o presidente Lula, por suposto crime de responsabilidade na invasão às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília.
O parlamentar argumentava que houve omissão por parte do governo federal, inclusive de Lula, para evitar as invasões. Jordy alegou que forças de segurança avisaram previamente ao Planalto sobre os riscos da manifestação.
“Se um representante do governo federal não consegue proteger – mesmo tendo sido previamente avisado, dias antes do ocorrido, através de seus órgãos de inteligência – uma região geográfica reduzida como a Praça dos Três poderes. Se não consegue proteger a sua sede, um único imóvel, que condições tem de gerir e proteger um país de dimensões continentais como o Brasil?”, questiona o documento.
O pedido foi arquivado pela mesa da Câmara.
Carlos Jordy
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O líder da oposição na Câmara, deputado Carlos Jordy, fala ao microfone durante reunião com correligionários
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Carlos Jordy
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Bolsonarista
Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos Roberto Coelho de Mattos Júnior está em seu segundo mandato consecutivo como deputado federal. Ele foi reeleito em 2022 com mais de 114 mil votos pelo Rio de Janeiro.
Natural de Niterói (RJ), Jordy tem 41 anos, foi vereador em sua cidade natal entre os anos de 2017 e 2019 e é pré-candidato à prefeitura.
Nas redes sociais, ele faz críticas ao atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defende pautas da direita. Em 2022, Jordy foi condenado pela Justiça do Rio a pagar mais de R$ 66 mil ao youtuber Felipe Neto, após associar o influenciador ao massacre que aconteceu em uma escola pública de Suzano, na região metropolitana de São Paulo, em 2019.
“Quando digo que pais não devem deixar os filhos assistirem vídeos do Felipe Neto, não é brincadeira. Em 2016, ele fez vídeo ensinando a entrarem em sites da deepweb. Agora descobriram que os assassinos de Suzano pegaram as informações para o massacre num dos sites após assistirem ao vídeo”, publicou Jordy em abril de 2019 no Twitter.