São Paulo — O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) usou seu perfil no Instagram nesta sexta-feira (3/5) para ironizar a estratégia da pré-candidata à Prefeitura da capital pelo PSB, deputada Tabata Amaral, e comparar o ex-governador José Serra (PSDB) ao idoso que ficou nacionalmente conhecido como “Tio Paulo”, após ser levado sem vida a uma agência do INSS pela sobrinha, na tentativa de realizar um empréstimo bancário, no Rio de Janeiro.
Na imagem, Serra aparece ao lado de Tabata durante encontro ocorrido em fevereiro, em meio a negociações da deputada federal para obter o apoio do PSDB à sua pré-candidatura à prefeita da capital paulista.
Na postagem realizada nesta sexta-feira (3/5), Ricardo Salles publicou a foto de Taba e Serra com a legenda: “Estratégia tio Paulo”.
SERRA TIO PAULO 1_resized_compressed
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O deputado federal Ricardo Salles se lançou duas vezes como pré-candidato à prefeitura de São Paulo no ano passado, mas recuou em ambas. Em janeiro deste ano, ele afirmou que não concorreria contra um candidato de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que declarou apoio a Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da capital.
Salles esperava uma liberação do PL pelo presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, para que ele pudesse se desfiliar sem perder o mandato de deputado. O parlamentar negociava se candidatar pelo PRD, partido oriundo da fusão entre PTB e Patriota.
Valdemar, no entanto, não estava disposto a colaborar com a saída do deputado por entender que a candidatura de Salles atrapalharia a campanha de Nunes, a quem ele apoia.
Tio Paulo
Paulo Roberto Braga foi levado sem vida a uma agência do INSS no último dia 16/4 pela sobrinha Érika Souza. Uma funcionária filmou a mulher pedindo para que o cadáver do tio assinasse um documento autorizando um empréstimo de R$ 17 mil.
À polícia, a mulher disse que não sabia que o tio estava morto. Ela foi presa em flagrante por vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude, mas liberada nessa quinta-feira (2/5). A revogação da detenção foi concedida pela juíza Luciana Mocco, que é titular da 2ª Vara Criminal de Bangu, nesta quinta.
Ao conceder a possibilidade de Érika responda ao processo em liberdade, a juíza estabeleceu uma série de medidas cautelares a serem cumpridas. Na decisão, a juíza acatou a denúncia do Ministério Público do do Rio de Janeiro. Com isto, Érika se tornou ré por vilipêndio de cadáver e tentativa de estelionato.