Santos admite erro em retorno de técnico denunciado, mas cobra atletas

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O presidente do Santos Marcelo Teixeira reconheceu o erro do clube Alvinegro ao admitir o retorno do profissional Kleiton Lima ao comando técnico da equipe feminina de futebol do Peixe. No ano passado, o treinador saiu do posto após ser alvo de denúncias anônimas de assédio moral e sexual feita por jogadoras do time.

O pronunciamento do mandatário aconteceu nesta quarta-feira (17/4), em entrevista coletiva na Vila Belmiro. Em declaração contundente, Teixeira afirmou que o Santos assumirá o protagonismo na investigação sobre o caso Kleiton Lima.

“Vou deixar claro: foi um fato ocorrido no ano passado. O Santos errou ao trazer o profissional. O Santos assumiu hoje uma responsabilidade pelo profissional que tem história no clube”, afirmou o presidente do clube.

Anteriormente, ao contratar o profissional, o dirigente havia afirmado que não havia um caso concreto contra o treinador Kleiton Lima, mas recuou após protestos de diversos times femininos do Brasil.

“Nós vamos sempre aceitar e respeitar as decisões que estão sendo feitas pelas profissionais das áreas. Não quero responsabilizar ninguém, o responsável sempre serei eu por todas as decisões. Mas tenho que ouvir. Minha decisão será quanto aos profissionais que estão me recomendando, além do departamento jurídico. Diante das questões, foi decidido pela contratação e também pelo término dela”, disse Teixeira.

Anonimato nas denúncias

O dirigente acionou a Federação Paulista de Futebol (FPF) para que uma investigação sobre o ocorrido aconteça e cobrou denúncias “corajosas” por parte das jogadoras que foram vítimas do assédio do treinador.

“Não queremos acobertar o treinador e nem querer algo contra as jogadoras. Queremos ser exemplo. Não basta ser anônimo, não vamos nos contentar. Vamos nos contentar com denúncias e medidas corajosas, contra o profissional, contra qualquer que seja”, reforçou Marcelo Teixeira.

O contrato do técnico com o clube de Santos foi suspenso e o cargo passou para as mãos de Gláucio Carvalho, ex-treinador do 3B da Amazônia.

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