São Paulo — Embora sejam proibidos na capital, os mototáxis operam livremente na periferia de São Paulo, com direito a ponto fixo e pagamentos feitos por Pix, diante da falta de fiscalização de agentes da Prefeitura.
Em Perus, bairro da zona norte que não tem terminal de ônibus, os mototaxistas têm ponto fixo na frente das estações de trem, com banner, além de página no Instagram e anúncio dos serviços aos gritos: “Vai de mototáxi!”
A propaganda destaca que o serviço é para quem quer “chegar rápido e com segurança” em casa. Os mototaxistas andam com coletes refletivos e dão capacete aos passageiros, da mesma forma como eles operam em cidades em que o serviço é legalizado.
“A gente trabalha organizado e espera que legalizem as coisas por aqui, igual é em Caieiras e as cidades vizinhas”, disse um dos mototaxistas, ao Metrópoles.
As corridas têm valor combinado na partida e variam entre R$ 7 e R$ 10. A maior demanda vem de passageiros que saem da estação de trem e ainda precisam se deslocar um bom trecho até suas casas.
Segundo um dos mototaxistas, esses trabalhadores chegam exaustos do trabalho no centro da capital e preferem pagar mais caro do que ficar esperando os ônibus que fazem as conexões entre a estação de trem e os bairros mais periféricos.
“Mas se a pessoa está em casa e quer corrida, chama a gente pelo WhatsApp e a gente leva, sem problema”, disse o mototaxista.
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Em São Paulo, cidade em que quatro pessoas morrem no trânsito por dia, em média, um decreto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) proibiu o serviço de mototáxis em 7 de janeiro deste ano. A medida foi adotada depois que os aplicativos de transporte, como Uber e 99, passaram a oferecer o serviço, que foi banido.
Por nota, a Prefeitura informou que enviará fiscais do Departamento de Transportes Públicos (DTP) para o bairro. “A fiscalização do DTP ocorre diariamente em diferentes regiões da cidade e atua sobre todos os serviços de transporte individual de passageiros no município”, diz o texto.