São Paulo — O ministro da Educação, Camilo Santana, lançou nesta quarta-feira (3/4), na sede da Secretaria Estadual da Educação, no centro da capital paulista, o programa Pé de Meia. O evento, no entanto, não contou com as presenças do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), e do secretário da Educação, Renato Feder.
Apenas o secretário-executivo da pasta, Vinícius Neiva, esteve presente e disse que o titular da Educação paulista participaria do evento, mas teve um imprevisto e pediu que ele o substituísse. “O secretário Renato gostaria muito de estar aqui, mas ele teve uma urgência de última hora”, afirmou.
Com presença fraca do governo estadual, a sede da secretaria foi ocupada por parlamentares de esquerda, incluindo os deputados federais e pré-candidatos à Prefeitura da capital, Guilherme Boulos (PSol) e Tabata Amaral (PSB), adversários de Nunes, que tentará a reeleição com o apoio de Tarcísio e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante coletiva de imprensa de Camilo Santana, Tabata e Boulos se posicionaram cada um de um lado do ministro. Aos jornalistas, o chefe do MEC agradeceu a presença de Neiva e afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não faz distinção entre os estados governados ou não por aliados ao investir na Educação.
“Quero dizer, em nome do presidente Lula, independente de questões partidárias, independente de questões políticas, não interessa de que partido é o governador ou é o prefeito, o importante é que a gente possa ofertar e oferecer para população brasileira, para crianças e jovens brasileiros, a melhor educação”, disse Camilo.
Segundo o ministro, 330 mil estudantes de São Paulo serão beneficiados pelo programa, em um investimento de quase R$ 1 bilhão por ano. Outros parlamentares de esquerda também estiveram no lançamento, como os deputados estaduais petistas Eduardo Suplicy e Professora Bebel e o deputado federal Alencar Santana (PT).