Sônia Guajajara prestigia estreia de filme sobre cacique Raoni no DF

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O IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), em parceria com o Instituto Raoni, lançou o minidocumentário O Chamado do Cacique: Herança, Terra e Futuro nesta terça-feira (23/4). A estreia foi realizada na Caixa Cultural de Brasília e contou com a presença de lideranças indígenas, representantes do governo e familiares do cacique Raoni no evento.

Segundo Beptuk Metuktire, neto de Raoni, o documentário é a realização de um sonho para o cacique, que sempre quis deixar um legado para todos os indígenas cuidarem do conhecimento ancestral.

“O vídeo mostra a importância da luta do cacique Raoni há vários séculos. Ele é tudo. Ele é e sempre será uma liderança. Desde 2018, ele queria reunir todas as lideranças indígenas e os jovens que cuidam de suas comunidades para fortalecer e lutarmos juntos pela defesa do meio ambiente, da nossa cultura e do nosso território”, conta.


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O Chamado do Cacique: Herança, Terra e Futuro

O filme celebra a jornada do cacique Raoni em defesa dos direitos humanos enquanto destaca a oportunidade de diálogo entre os povos indígenas e não-indígenas.

Ilustra também as histórias pessoais que revelam a importância dos povos originários e trata das ameaças aos direitos e cultura deles. Além disso, aborda a transição para uma nova geração de líderes e o surgimento de lideranças entre as mulheres indígenas.

Mayalú Txucarramãe, neta do cacique Raoni, celebrou a oportunidade de estar presenciando a história de união dos povos indígenas registrada em um documentário.

“Fiquei emocionada com o trabalho que os comunicadores indígenas jovens fizeram sobre as histórias do meu avô. Quando se fala de avôs, falamos de raízes, de conhecimento. As vozes ancestrais são as nossas fontes que transmitem conhecimento. Parte essencial de nossas vidas.”

Importância do cacique Raoni

A ministra Sônia Guajajara fez questão de exaltar a importância do cacique Raoni, logo após a exibição do minidocumentário.

“É muito importante esse registro, porque traz muita sabedoria e esperança para todas as pessoas. Chegamos até aqui, mas ainda temos muito a melhorar. Através desse documentário, as pessoas podem conhecer e se inspirar com a história do cacique Raoni”, celebrou.

André Guimarães, diretor do IPAM, que realizou o processo de curadoria juntamente com o Instituto Raoni, pontuou a importância de realizar o trabalho do documentário em campo, com pesquisas nas aldeias e conversas com os indígenas.

“Ele tem, de forma muito consistente e clara, passado uma mensagem muito simples: floresta é vida. Nós somos parte da natureza. Isso muda nosso olhar”, afirma.

“Para que eu possa novamente motivar eles a continuarem com a luta… Eu peço que todos me apoiem, para que eu possa novamente reunir os povos indígenas”

Cacique Raoni

O evento

“Uma honra proporcionar esse momento de lançamento do documentário”, disse a vice-presidente da Caixa, Henriete Bernabé. Com o auditório lotado e a presença dos diretores do filme, Lucas Ramos e Rafael Coelho, o minidocumentário foi bastante aplaudido pelo público.

Para além da exibição gratuita do minidocumentário, a Caixa Cultural Brasília também exibiu os curtas Artesanato, Memórias nas Coisas de Vovô e Menire Djapej: O Trabalho das Mulheres.

Todos os filmes continuarão sendo exibidos diariamente no local, a partir das 19h, até 26 de abril.



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