São Paulo — Preso na madrugada desta sexta-feira (22/3) na Penitenciária P2 de Tremembé, no interior paulista, o ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, passará os dez primeiros dias na chamada “cadeia dos famosos” sozinho em uma cela de oito metros quadrados, que comporta até dois detentos.
Como é praxe na chegada de novos presidiários, Robinho ficará isolado para um período observação e credenciamento, antes de ser transferido para o convívio com os demais presos e cumprir a pena de 9 anos de prisão por estupro coletivo imposta pela Justiça da Itália e validada nesta semana pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Robinho vai receber número de matrícula do sistema prisional e um kit com uniforme, materiais de limpeza e higiene pessoal. De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), a alimentação oferecida ao ex-jogador será igual à dos demais detentos.
A Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, reúne atualmente 704 detentos. Entre eles, Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Gil Rugai e Lindemberg Alves. A SAP costuma transferir para o local os presos condenados por crimes de grande repercussão ou que correm risco de morte.
Edinho, filho de Pelé, que foi goleiro do Santos, time que projetou Robinho no futebol, também ficou detido no local.
Prisão
O ex-atleta foi preso pela Polícia Federal por volta das 19h no bairro da Aparecida, em Santos, e foi encaminhado para a sede da Justiça Federal na cidade, onde passou por audiência de custódia e seguiu para Tremembé, já na madrugada desta sexta-feira.
A prisão de Robinho ocorreu um dia após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) validar a pena imposta ao ex-jogador pela Justiça italiana.
A defesa de Robinho havia entrado com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender a prisão imediata do ex-jogador, mas o ministro Luiz Fux negou o pedido na noite desta quinta-feira. No fim da tarde, a Justiça Federal de Santos já havia expedido o mandado de prisão do ex-atleta, após a decisão do STJ.
O crime pelo qual Robinho acabou condenado foi cometido em 2013, em uma boate de Milão, quando o brasileiro defendia o Milan. A vítima é uma mulher albanesa. O ex-jogador sempre alegou inocência, dizendo que teve uma rápida relação consensual com a jovem.
