São Paulo – O setor de inteligência da Polícia Militar interceptou, na manhã desta quarta-feira (27/3), uma conversa entre olheiros do tráfico de drogas na qual eles alertam comparsas sobre a aproximação de agentes no Morro do Engenho, Guarujá, litoral sul paulista.
Segundo o áudio, obtido pelo Metrópoles, os bandidos comentam sobre a incursão de PMs da guarnição ambiental (ouça abaixo), chamados de “cata coca”, uma referência às apreensões de drogas feitas pelas autoridades no local.
Até a publicação desta reportagem, os PMs permaneciam no morro à procura de suspeitos, armas e drogas.
R$ 21 milhões apreendidos
No mesmo morro, no início desta semana, PMs ambientais, em ação conjunta com a Prefeitura de Guarujá, realizaram uma ação para combater a ocupação irregular em áreas protegidas.
Três imóveis não habitados foram demolidos e, em um deles, a polícia encontrou 250 quilos de metanfetamina, carregamento avaliado em R$ 21 milhões, de acordo com o setor de comunicação da PM.
Além da carga milionária, os PMs também apreenderam um fuzil, calibre 5.56, tipo de arma usada em guerras, além de um carregador e 26 munições do armamento. Um suspeito foi preso.
A incursão integra a terceira fase da Operação Verão, segundo a PM ambiental.
PM ambiental litoral
PM ambiental litoral
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53 mortos
Já foram registradas 53 mortes no litoral paulista, em supostos confrontos, desde 3 de fevereiro, quando houve a deflagração da Operação Verão da Polícia Militar, no litoral paulista. A ação é alvo de denúncias de execuções sumárias e de violação de direitos humanos em comunidades da Baixada Santista e região.
Sempre que questionada, a SSP afirma ter “compromisso com a legalidade, os direitos humanos e a transparência” e que as denúncias devem ser feitas à corregedoria da corporação.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que não estava “nem aí“, após saber que seria denunciado à Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) por causa da operação.
“Sinceramente, nós temos muita tranquilidade em relação ao que está sendo feito. E aí, o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, e eu não estou nem aí”, afirmou, em 8 de março.
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