Trabalhadores da educação em greve estão fazendo um protesto em ato público em frente à sede do Governo do Amazonas, na manhã desta segunda-feira, desde às 9h, na Avenida Brasil, na zona oeste de Manaus, como forma de se manifestar contra os descontos nos contracheques feitos pelo Poder Executivo, sob o argumento de cumprir a liminar concedida pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Estado (TJAM), Domingos Chalub, que está em fase de recursos.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina Rodrigues, informou na manhã desta recebeu ligações do presidente da Comissão de Educação da ALE/AM, deputado Cabo Maciel, e do deputado Felipe Souza, líder do governo na Assembleia Legislativa, para a retomada da mesa de negociação com o Governo do Estado. Segundo ela, os parlamentares confirmaram uma reunião para hoje na sede do Governo, com horário a confirmar.
A greve envolve merendeiros, administrativos, vigias, auxiliares de serviços gerais, professores e pedagogos. Os trabalhadores relataram que tiveram descontos nos contracheques por faltas durante a greve da categoria, que completa 13 dias nesta segunda-feira (29/05). O Governo do Amazonas anunciou os descontos dos dias não trabalhados durante a semana e os professores se manifestaram após o posicionamento.
O Governo do Amazonas informou que “a Secretaria de Estado de Administração tem até 48 horas antes do pagamento de cada mês para os ajustes finais na folha de pessoal. Desta forma, os professores da rede estadual que faltaram às atividades a partir do dia 17, tiveram o desconto em folha pelas faltas até o dia 25 de maio, conforme decisão Judicial que considerou a greve ilegal”.
De acordo com o Sinteam, 52 cidades, das 62 dos Amazonas, aderiram ao movimento grevista, e mais de 70% das escolas em Manaus estão sem aulas.
Um reajuste salarial de 25% é a principal reivindicação dos professores. De acordo com o Sinteam, a data-base 2023 dos trabalhadores da rede estadual venceu no dia 1º de março.
O sindicato também pede reajuste nos valores do vale-alimentação e auxílio-localidade; revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração; e manutenção do plano de saúde e extensão para os aposentados.
Ainda na semana passada, o governo estadual ofereceu 8% de reajuste salarial. A categoria rejeitou. Em assembleia geral realizada na segunda-feira (22), os professores decidiram manter a greve.