Travessia de 90 segundos: como será o túnel imerso Santos-Guarujá

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São Paulo — O convênio assinado nesta sexta-feira (2/2) para a construção do Túnel Santos-Guarujá prevê que a obra, esperada há quase 100 anos, fique pronta até 2028. A expectativa é de que o túnel beneficie mais de 5 milhões de pessoas que circulam pelo litoral paulista.

O número inclui os 1,6 milhão de habitantes da Baixada Santista e os mais de 4 milhões de turistas que anualmente visitam o Guarujá e o litoral norte de São Paulo. Segundo o governo, a obra também vai dar mais segurança às embarcações que escalam o porto santista para realizar operações.

A obra pública será construída por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) em que Estado e União investirão R$ 2,7 bilhões cada — com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O parceiro privado irá investir ainda cerca de R$ 600 milhões, num total aproximado de R$ 6 bilhões.

Travessia de 1 minuto e meio

De acordo com o governo federal, será o primeiro túnel imerso da América Latina. A obra terá 860 metros entre as margens (incluindo embocaduras) e ficará sob o fundo do canal a uma profundidade de 21 metros.

O projeto prevê que o túnel seja uma ligação seca entre Santos e Guarujá, permitindo o deslocamento de pedestres, bicicletas e veículos. A travessia de cerca de 860 metros poderá ser feita em 1 minuto e meio de carro — hoje em dia, dependendo da fila da balsa ou do trânsito na Rodovia Piaçaguera-Guarujá, o trajeto pode chegar a uma hora.

A expectativa é de que aproximadamente 150 mil pessoas circulem pelo túnel diariamente.

Aproximação entre Lula e Tarcísio

A assinatura do convênio para a construção do túnel teve as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),. Eles ficaram lado a lado e mantiveram um clima de cordialidade e aproximação.

Lula disse que a parceria com Tarcísio, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, é um ato civilizatório. “Esse ato aqui significa que nós precisamos restaurar esse país à normalidade. E a normalidade significa respeitar o direito às diferenças.”

Tarcísio também celebrou o convênio histórico. “Não importa ter opinião diferente. O que importa é enxergar o interesse público”, afirmou.

O clima foi amistoso entre eles. Lula chegou a brincar com o fato de que Geraldo Alckmin, o vice-presidente, também foi seu adversário político no passado. “O Alckmin, nós brigamos tanto. Olha como é que a gente tá agora? Casadinho. Nós estamos separados pela dona Lu e pela dona Janja, mas estamos ali juntinho”, brincou Lula.

Em outro momento, o público, formado majoritariamente por apoiadores do PT, pediu a Tarcísio para “voltar ao PT”, ao que o governador respondeu com gargalhadas.



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