A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia enfrenta superlotação após a explosão de casos de dengue, com pacientes nos corredores, mais do que o dobro de atendimentos suportados pela equipe do local e doentes virando a noite sem conseguirem avaliação.
A denúncia é da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que fez uma diligência no local nesta sexta-feira (2/2).
Segundo informações colhidas pela equipe da Comissão, a UPA de Samambaia fechou o mês de janeiro com 12 mil atendimentos, quando a estrutura da unidade só comporta cerca de 5 mil mensais.
Pacientes chegaram a citar na manhã de hoje que estão desde a noite de quinta-feira no local, e ainda sem receber avaliação médica.
Vídeos gravados pela Comissão mostram a superlotação. Uma sala verde acabou precisando ser improvisada como sala de internação. Aqueles diagnosticados com dengue tipo C, que é menos grave, ficam recebendo atendimento na UPA.
Já aqueles com teste detectando o tipo D, mais grave, são encaminhados para o Hospital Regional de Samambaia (HRSam).
A Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado distrital Fábio Felix (PSol), vem recebendo diversas denúncias relacionadas aos atendimentos de pessoas com dengue no DF. Fábio esteve na UPA e também vai visitar as tendas de atendimentos montadas pelo governo.
Na tenda de Samambaia, a equipe parlamentar colheu informações de que cerca de 300 pessoas por dia passam por ali para realizar testes e hidratação, por exemplo.
Cenário
O Distrito Federal enfrenta um aumento de 920,5% de casos prováveis de dengue. Neste ano, até 27 de janeiro, foram registrados 29.492 diagnósticos prováveis da doença entre moradores do DF, contra 2.890 casos no mesmo período de 2023.
As informações constam no último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde. O documento também contabiliza seis mortes confirmadas pela doença, e mais 24 que estão sendo investigadas.
O Distrito Federal vive um cenário de crise com a explosão de casos de dengue. Tal contexto fez com que o governo declarasse situação de emergência. A capital é a unidade da Federação com o quadro mais crítico do país, quando os números são avaliados proporcionalmente à população.
A faixa etária entre 20 e 29 anos tem o maior número de diagnósticos, proporcionalmente, com incidência de 1.092,2 casos por 100 mil habitantes.
Mortes
Até o dia 29 de janeiro, foi confirmado o óbito de cinco homens e de uma mulher pela doença.
Morreram uma criança de idade divulgada entre 5 e 9 anos, dois jovens entre 20 e 39 anos, uma de pessoa entre 40 e 49 anos, e dois idosos entre 70 e 79 anos.
As vítimas moravam em Ceilândia (2), Guará (2), Estrutural (1) e Lago Sul (1).
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